O Movimento Tropicalista irá trazer para o palco das disputas políticas um novo referencial baseado na rebeldia e na carnavalização das ordens consagradas ou canônicas, tanto do Estado militarista, quanto da esquerda organizada e armada daquele período. O Tropicalismo reunindo a Contracultura internacional à irreverência do Modernismo nacional transforma a maneira como a esquerda passa a encarar o confronto à ditadura. Com deboche, irreverência e a libertação do sensorialismo, entram na ação lúdica-estético-política impondo um feminismo sem ser, um anarquismo sem ser, e uma Desobediência Civil lúcida e intencional. Constrói-se nesse momento um mundialismo onde todas as referências de sexo, religiões e jogos, são valorizados. Oriente, África, índios, a espontaneidade da criatividade pessoal passa a ser linguagem de um movimento jovem que transforma a Indústria Cultural, o comportamento sexual e impõe uma visão ecológica no trato do meio-ambiente e dos animais, que modificará o Ocidente para sempre.
Tropicalismo – Política e Arte
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